quarta-feira, 18 de abril de 2007

DECAEDRO III

III

Noite.
Sempre é noite na tua ausência
Sopra o tempo e o lugar se aninha.
Minutos se eternizam
E a alma se apaga.
Noite.
Levanta o sol por trás do nada
Durmo sempre sem saber
Que é dia.
Noite.
Nada desperta se não tem teu cheiro
Troco a face do espelho
E esqueço a vida.
Amanheço.
Desperto com o chegar da hora
Do bálsamo que afaga minha sina.

5 comentários:

Walmir Lima disse...

Seguir vivendo...fazer da noite apenas o prelúdio de um novo amanhecer - anunciante de que a dádiva da vida começa a cada dia.

Anne M. Moor disse...

E dançar muito pra exorcizar os bruxos e as bruxas que sentaram nos teus ombros...

Maria disse...

Walmir, lindo o que escrevestes!
A noite embala os sonhos e a certeza de despertar. Esta é a mágica para mim.

Maria disse...

Anne e por acaso bruxa carrega outros bruxos nos ombros?
hahahahaha...
Danço para manter a alma intacta e o olhar atento para agradecer a quem ao meu lado dança e cuida de mim.

Anne M. Moor disse...

Muitos anos carregaste minha amiga!!!!! Agora precisas exorcisar... :P