terça-feira, 26 de junho de 2007

DESANOITECER

Foto: João Alcantara Nunes


Dos galhos secos esperas o nascer do sol.
Despenca a escuridão e o azul pinta na vida os primeiros traços.
Permaneces assim dobrada nas asas,
Ainda da noite fria paralizadas.
Logo sairás em revoada.
Desfruta o amanhecer enquanto o sol ainda espreguiça a vida.
Sorve o sabor do silêncio,
Deixa que a poesia penetre tua carne
E Aquece tua alma nas palavras da noite.
O amor não morre,
As vezes muda apenas de endereço.

terça-feira, 19 de junho de 2007

SILUETA

Suavemente contorço os dedos e deixo que a luz do sol, tenue e fresca da manhã, penetre minha pele e desperto. De todos os sonhos o mais concreto sempre esteve aqui. Encontro e reencontro as peças espalhadas da batalha vencida. Desnuda, espreguiço o sol sobre minha pele e deixo que o arrepio da manhã dance em meus braços, minha coluna, minhas pernas, minhas entranhas.
Amacio as mãos com meu cabelo, sacudo a vida e me derreto a rir.