Tento me recompor, tenho momentos alternados de interiorização e outros de profunda tristeza. Procuro me encontrar entre meus pedaços e recomposta tento sobreviver a cada dia. Vê-se que hoje o dia não amanheceu para os melhores.
Tenho a necessidade do silêncio para que minha alma fale, que conte de suas agruras e travessuras que me colocam aqui neste estado.
- Mas afinal temos aqui uma questão e vamos resolvê-la juntas, falou a alma em tom alto e forte, mostrando que agora era ela que mandava ali.
Faço mais silêncio para poder escutar com clareza.
- Sou eu mesma que te falo, sua tonta! Não tens mais para onde ir, tudo está confuso na tua cabeça e mal te pões de pé quando acordas. Desta forma me tomei da razão e resolvi vir falar direto contigo. Afinal tu me conheces e se tem alguma coisa que te preservou até aqui fui eu.
Levanto os olhos para ela e peço em tom de misericórdia.
- Fala então.
- Eu não falo, eu escrevo.
A CLÍNICA HOJE: OS NOVOS SINTOMAS
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