segunda-feira, 23 de junho de 2008

CHAMAS




Ouço o compasso

das batidas do teu coração

colado na minha face.

Ressoa o criptar das chamas

aquece o sabor do encontro.

O silêncio das palavras

ecoa em nossas mãos.

Basta que se toquem.

terça-feira, 3 de junho de 2008

VISITA

Descortino o sol que borda a terra e espero suavemente o momento de nosso encontro. Desconhecido de tempo por que se dá a cada dia em que se conectam as luzes que invadem a alma. O espaço compartilhado a cada instante em que te vejo passar por minha porta e olhar-me por dentro. O mesmo arrepio de sempre percorre a pele tocada com teus olhos.

Duvidas de mim e não me chamas no portal. O sol lá fora avista o conforto desta sombra, interlúdio de silêncio de espera de te saber aqui.

Ah! Doce encontro orquestrado em boleros e vinhos...

Enquanto o sol descortina as curvas do horizonte teus olhos despem minhas vestes e minha nudez tatuada lânguida e dormente amanhece em ti.