quarta-feira, 4 de novembro de 2009

RENASCER


Iniciaria assim: Para voces meus netos que me deram a chance de duas parições
O céu despencou em fúria. Apaguei as lâmpadas, desliguei as tomadas e me abri para absorver na carne a energia dos raios. Estouram e amedrontam, te identificam na força, na energia que te esgotastes em desejar-te morta no lugar de teu neto. Chamastes pela tua descendência e ancestralidade. Percebo que me desfaço em duas para poder ver o instante, forte, gigante, único de dor e amor. Querendo colocar a filha para dentro das entranhas me vi mulher parindo outra mulher. Teu corpinho frágil, inerte quase sem vida com teu sorriso e barulhada acima em forma de luz me suspendeu no ar. Abracei tua mãe e te deixei para trás invadida por uma luz forte como estes raios que caem agora La fora. Abraçada por minhas perdas disse: Agora não!
Despertei nesta manhã de fúrias, raios e chuvas agradecendo aos céus, a vida como ela é, porque é perfeita em todos os detalhes. Bom dia! Mais um.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Selo

Espadas de sol
banham o leito
Pleno de sabores
Nossos corpos estendidos
Repousam
Doces sentidos
Peito arfante
Selo humano
Prova do divino.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

MI NIÑA


Hoje te tenho em meus braços

em acalantos de suave doçura.

Vida do meu amor.

Bendita a vida

nutrida em teu ventre.

Doce amor, suave encanto

Bela mãe, bela vida

Que seria de mim sem este amor

fruto germinado da doçura?

Te quero por me quereres vida

Te amo porque de amor

vives e por amor

Te amo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

VOLVER


Rompo o silêncio e o segredo

Volto a escrita


Sinto falta da minha poesia.

Ela anda atada, junta, misturada

Com as particulas da alma.

Seus movimentos bailam na peça ao lado

e diluem-se em imagens de encantamento.

Danço meu cântico e busco o eco,

Somem os sons é denso o vazio.

Viajo por mim em rastros de dor e deslumbramento.


Descanço impressa nas tuas pálpebras.

Estendida no leito, diluida em curvas.