sábado, 12 de fevereiro de 2011

VIAGENS

  
Venho de uma longa jornada
Caminho percorrido de marcas e sulcos
Retratos de meus pés descalços.
 Vi o sol nascer e se pôr
Dancei com a noite
Dormi sob a luz da lua.
Cantei versos de amor
Entendi a solitude.
Fiz silêncio em meio a loucura
Desatei nós da linha enrredada
E com ela teci sonhos.

Hoje sou parte da estrada
Viva entre pedras, cascalhos e arbustos
Sorvi cada gota de orvalho
Fiz amizade com as formigas.

Abandonei as certezas
Me fiz errante.
A correnteza lavou a paisagem
 Abriu clareiras, desenterrou o rio.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

FRACTAIS



Acordo com os cabelos molhados de suor, os fios enrredados contavam os movimentos da noite mal dormida. Voei entre pensamentos e personagens unidos nesta mesma trama que moldam o amanhecer. Fragmentada cubro a pele em óleo, perfume e vestido.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DESENTERRO



Doce leito de preguiça, deixa meus olhos entreabertos e com sabor de sono não desperto, espreguiço os braços e recontorno as fibras, sacudo os dedos e tagarelo as letras que brincam de imagens e sons de sol.
Suave deleitar de boca vermelha, aberta escancarada na janela, espera e sonha, brinca e anoitece.